Não sei se o céu de Junho é como o de antigamente. Os meus olhos estão diferentes, disso tenho a certeza. O coração não se comove, está guardado em Edimburgo, e a cabeça fundiu-se e parou. Não sei se o céu de Junho é como o de antigamente ou se apenas o vejo e sinto diferente.
A noite de Santo António só podia acontecer em Junho. Não por causa do santo, mas por causa da loucura. O mesmo para a do São João. As noites de Junho são especiais como a luz das tardes de Maio.
Junho é contentamento e lembrança. Deve ser por saudades que as pessoas se matam mais no princípio do Verão. Não compreendo, porque há uma brisa capaz de levar toda a tristeza e trazer do mar as fantasias de sal e espuma.
As noites de Junho são um burburinho ao longe e o passado é um rumor de revolução ouvido ao longe, que entontece. É por isso que se deve olhar o céu à noite em Junho. É tempo para estar à janela ou sair em camisa. O ano começa em Junho.
A felicidade é a memória dum Verão distante. O eco da música do transistor e os salpicos entre gargalhadas. O meu contentamento é feito de muitos anos compactados num só, um só Junho nas areias do Estoril. O ano começa em Junho.
2 comentários:
O céu de junho é como antigamente
daí as memórias boas do passado,
mas tambem os olhos já não olham da mesma forma,
outros interesses!.
Este ano começa bem ;)
Gostei mt deste teu texto...n xabia k as pexoas xe matam mais no prinxipio do Verão...? é mxm?... estranho pq é a época em k apetexe mais viver, deve xer da luz e do sol, há gente k n xuporta mt luminoxidade e alimenta-xe mais das sombras.´
Escreves bem...abraxos
Enviar um comentário