digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, junho 28, 2007

Fevereiro e amanhã

Fevereiro foi ontem. O mês não me sai da cabeça. Se pudesse refazia-o todo. Como posso desejar viver amanhã?

Quando a minha loucura se amarra a ti há um naufrágio. Não há farol para avisar a chegada da linha de costa, tão breve e segura, nem a proximidade dos rochedos.

Sinto uma respiração aos pés da cama e outra na cabeceira. Há duas pessoas neste quarto. Vivem-se duas vidas. Por vezes uma só. Por vezes num só corpo. Um corpo feito de suor e gemidos. Agora está cada um separado por um fino muro de indiferença.

Como posso viver amanhã se não sei viver hoje?

2 comentários:

Anónimo disse...

só uma interrogação?

João Barbosa disse...

Na verdade são duas. Ora conte lá melhor.