digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, junho 08, 2007

Amar

Não sei amar diferente, só sei amar igual. Amo-te igual ao que me amas. Ainda que me queiras tão pouco quero-te muitíssimo. Amo igual às pedras, às árvores e aos rios. Amo igual a toda a gente numa banalidade confrangedora. Amo-te igual à tua mãe num desconforto duma camisola de lã grosseira sobre a pele despida e húmida. Amo-te igual e destintamente. A diferença do meu amor está na parecença que tem com todos os que amamos e com tudo o que se pode amar, mesmo que ninguém me ame. Amo como uma mãe quer o seu recém-nascido. Amo por amar. Amo por só saber amar e disso precisar... por de ti precisar. É igual.

1 comentário:

Lia disse...

ei, "o que pode uma criatura se não entre criaturas amar?" :)