digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, abril 11, 2007

Três desejos

Riscar o céu com cores finas e dar de beber à sede com vinho de agulhas. Se pudesse abraçava-me a ti, a vós, e deixava-me enlear nos véus de seda e nos risos. Como é bom estar ébrio!... Se pudesse!...
Riscar o céu e lançar-me da sala para o balcão... e do balcão para o jardim. Jogar-me para os teus braços, desfalecer-me em doçuras ao som deste minuete e entornar o Champanhe por cima do vestido. Beijar-te desastradamente para que comentassem com escândalo.
Estalo! Estalo! Estalo! Muitos estalos! Fogo! Fogo! Fogo! Riscar o céu com fogo. Na terra este minuete e eu a arder de desejo por ti. Por ela. Por ela. Como é bom estar ébrio. Se pudesse!...
G.F. Haendel: Ayle...

Sem comentários: