digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, abril 22, 2007

Árvores















As árvores dão sombra e deixam pender as folhas para abrigar as solidões. Doutra forma não seriam quase deusas nem tão belas. Só obedecem à física porque querem e só morrem por sua vontade. Há uma fraternidade sob as árvores, testemunhas silenciosas de tudo. São comedoras de luz e frente delas a frente de vista faz-se diferente. Abraço carente os trocos e sacio-me neles. Encontro a origem da vida e o seu sentido. As árvores dizem-me quase tudo o que tenho para saber, o resto sei pela luz.

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