digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, abril 07, 2007

Luz e negritude

Nunca se está nu no escuro, porque só a luz revela. A luz dá compreensão e aguça a inteligência. Não sei o que é a mais absoluta luminosidade, mas tomo-a por bondade.

9 comentários:

الرجل البسيط disse...

Bela imagem. Gosto da profundidade de campo e da beleza da tijoleira que nasce no chão e galga pelas paredes acima. Curioso constraste entre a luz e a escuridão. Até a negritude tem, nesta foto (não será desenho?) o seu encanto.

Para quando uma crónica (aqui mesmo, neste teu recanto infotocopiável) sobre verdadeiros paladares primaveris? Para quando uma crónica (daquelas capazes de nos inundar a alma com nostalgia) sobre sardinhadas à sombra de arvoredos seculares, em época de vindimas, marcados pela brisa e pela reunião de família?

E não esqueças os passarinhos (apanhados com aquelas pequenas armadilhas de ferro, em que se colocava uma minhoca viva, armada ali mesmo na terra acabada de arar) fritos com rodelas de cebolada.

Brinda-nos com palavras gastronómicas, por favor. Temos fome delas (e, claro, ilustradas com imagens à altura!).
Abraço.

João Barbosa disse...

Ganda markliano, aguçaste-me o apetite... só um pormenor: a sardinhada. Não pego nelas. Mas vou pensar no resto. ;-) A propósito, tens um GANDA BLOG... pra quem não conhece, que veja a Doca dos Aflitos

الرجل البسيط disse...

Esquece, então, a sardinhada (confesso que sou atraído mais pelo festim do que propriamente pelo sabor das ditas cujas). O que a trupe quer é palavras a roçar o genialidade gastronómica. Dá-lhe com os petiscos e a patuscadas (sempre bem regadas, claro está!) da estação (mas já de olho no calor intenso do Verão).
E dizes tu que ainda vais pensar??! Não há como pensar, caro João! Desafio-te a fazeres uma sondagem no teu infotocopiável. Propõe vários temas aos teus leitores (nos quais se inclua a gastronomia) e verás que o povo gosta é das tuas crónicas gastronómicas? Vai uma aposta?
NOTA: a aposta vale uma refeição à descrição no Eleven (o David Lopes Ramos - «Fugas», Público - passou por lá recentemente e, segundo diz, aquilo vale bem a massa).

João Barbosa disse...

pois é, meu caro, há muito que não escrevo uma crónica de jantar, mas também não me tenho dedicado aos tachos. temos mas é de ir jantar. quanto ao Eleven, não fiquei grande fã, apesar de não haver nada a apontar, acho que tem mais técnica do que alma...

moonlover disse...

vá lá João,
o Markliano não sabia do quanto tu gostas de peixe,
mas essa crónica seria ainda mais desafiante,
terias de imaginar o que é comer as sardinhas sobre o pão, depois no fim torrar o pão na grelha e comer com aquele sabor das sardinhas....;)

Lia disse...

eu protesto...sendo o peixe que sou...vá comer as vacas ou os frangos ou os carneiros ou os camarões que é mais gostoso! Mas peixe não...é muito ruim.

risos

Isabel Estrela disse...

Está aqui uma bela discussão. Posso dizer-vos que só não como peixe porque tenho intolerância, porque o sabor me evoca o cheiro e o cheiro me dá vómitos. Apesar do cheiro da sardinha assada não me dar volta ao estômago, não a como por factores psicológico, não vá o bichinho atraiçoar-me na boca...

moonlover disse...

;-)

Anónimo disse...

Eh pá! Que saudades que eu tenho de uma boa teoria da conspiração!!! Aliás ando aqui com uma das boas, ás voltas, que, que...Não! não vou dizer, porque tenho medo, muito medo ;)