digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, março 21, 2007

O tempo que falta

Para que quero a Primavera? Duas estações no ano bastam-me! Ora frio ora calor. Simples. Um sistema binário como um computador, movido a chuva e a sol ou a azul e cinzento ou ainda a alegria e nostalgia.
Um vendaval soprou nos mercados e as empresas começaram a fundir-se e a comprarem-se. O vento levantou o mar e dele levantou-se uma vaga que molhou tudo. As estações do ano começaram a unir-se para racionalizarem recursos.
Não importa se faz sentido ou se é lógico. Pouco importa onde cabe a poesia. Não interessa se cabem menos árvores num planeta nem se há poetas a sonhar com oito estações no ano. O que se sabe é que hoje o Verão sucede ao Inverno e que num dia está calor e noutro frio.
Já se deu cabo do planeta e ainda há espaço para dormir à sombra de pedras. Ainda há tempo para dormir a sesta! A vida continua. Continua sempre, porque somos de viver. Ainda que haja menos árvores e os pássros cantem baixinho. Para que quero a Primavera? Para nada. Para tudo.

2 comentários:

Ana Fonseca disse...

Eu quero a Primavera para me apaixonar! Faz-me falta estar apaixonada! Ainda bem que já chegou a Primavera... vamos ver quando chega a paixão... :)

sa.ra disse...

"Porque somos de viver"...
brindo com sumo de sol!
feliz Primavera!


beijinho
dia mt feliz!