digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, março 27, 2007

O pomar

O pomar é um lugar de aromas verdes, cores doces e sombras liláses. Nas tardes prometidas das Primaveras e nas prolongadas dos Verões, as árvores são encostos para as costas. Os olhos avistam as danças dos insectos e todos os ruídos são um só silêncio. O ruído da água brilha ao Sol, uma alegria maior da natureza. Todas as grandes coisas da vida estão aqui e são pequeninas. Pode viver-se aqui, junto às árvores fruteiras. O pomar é um lugar definido e a fruta defini-se no sabor do gosto. Já a Primavera e o Verão são indefiníveis, são estados de espírito.

2 comentários:

Lia disse...

ei, só tenho uma reclamação a fazer. O texto é lindo, mas a foto é horrorosa, é de propósito?

João Barbosa disse...

Querida Tainha, precisa dum calibrador nos olhos. A fotografia é bela.
Todavia, os gostos discutem-se. Respeitam-se, mas discutem-se.
Sim, esta fotografia está aqui de propósito. Aliás, o texto foi escrito para ela. :-)