digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, fevereiro 03, 2007

Quase lugar

Havia um lugar e havia outro lugar. Se houvesse vontade ou observação ou vontade de ir além, havia mais lugares.
O mundo maravilhoso dos insectos, as minúsculas plantas verdes, desperdícios rasteiros e coisas indiferentes.

Toda uma solidão antes de adormecer. Todas as incertezas das partidas e ânsias de chegar. Todos os medos de não chegar bem. A dúvida de ir.

Depois, a chuva a inundar tudo. Todos esquecidos: o mundo maravilhoso dos insectos, as minúsculas plantas verdes, os desperdícios rasteiros, as coisas indiferentes, um lugar, o outro lugar e os outros lugares. Tudo submerso. Toda a planície inundada pela mesma emoção.

Ainda as mesmas cismas. Tudo ainda inundado. Uma pergunta: mergulhar ou não mergulhar, o que há de baixo?

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