digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

O direito à tristeza

A lancinante dor da existência. O mundo ordena que todos têm de ser felizes. Um enxame de gente voa em volta do deprimido ordenando-lhe que sorria. A felicidade é tão obrigatória quanto a proibição da chuva e do Inverno. Há sempre um enxame de envangelistas da alegria a querer escancarar a bocarra do deprimido para o fazer engolir uma dose de bem-estar. Mas há uma beleza no triste, que talvez só este entenda. Não haverá um direito à tristeza? Por que há-de a sociedade fazer da felicidade um estado totalitário?

1 comentário:

perdida em Faro disse...

Porque há a sociedade de discriminar eesconder o triste? Ou o assumia e tentava dar-lhe os mecanismos rumo À desejada alegria, ou o acompanhava e dava a liberdade de assim o ser!
Concordo!