Ninguém escreveu o nosso amor e, por isso, nasceu imprevisto. Amontanhou-se de trás da transgressão com a naturalidade de todos os sorrisos e terminou na colisão de dois TGV desabridos.
Do nosso amor não veio luz ao mundo nem Deus o iluminou com o seu olhar nem o amparou com a mão. Até o Diabo o ignorou, sem desdém.
Enquanto viveu, viveu livre, o nosso amor, só nos tendo aos dois como limite e balizas, até ao dia do embate dos combóios. Dos escombros não restou sangue nem piedade para contar a sua história.
digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
sábado, fevereiro 24, 2007
Amor sem memória
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