digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Vanitas

Ainda vivo, pelo menos julgo-me respirar. Talvez respire. Espero a festa e os convidados. Não sei quando virão. Na verdade nunca se sabe se virão. Ainda vivo. Na verdade, vivo sempre. Quando penso na eternidade duvido da vida. Quando penso na vida tenho a certeza da eternidade. Não tenho certezas, é a minha certeza. Tenho a certeza da vida. Tenho a certeza da vida eterna. Quem me dera ter a certeza da memória eterna, que o meu nome se perpetuasse luminoso para todos e no futuro.
Na verdade, ainda vivo. E espero. Espero pelo baile e pelos convidados. Pelo menos, julgo-me respirar. Tenho a certeza da vida. A minha única certeza, a eternidade.

5 comentários:

as velas ardem ate ao fim disse...

Não tenho certezas, é a minha certeza.E não ´por respirares que vives.É por sentires...por teres coração, sentimentos... e sem julgares pensares sobre o que te rodeia.

Sim Vives e ainda bem!

Folha de alface disse...

"cultiva o inesperado"
mt boa esta rel texto/e a pintura da "mestre" paula rego

perdida em Faro disse...

Gostei muito da relação texto/imagem...não percebo a vaidade (vanitas). Aqui será vaidade?

João Barbosa disse...

Vanitas é um género de obra, não significa vaidade propriamente. Significa mais posteridade, eternidade, além morte...

perdida em Faro disse...

ok. Visto eu saber que há os diferentes sentidos quis saber qual o que se pretendia adequar ao contexto! Agora muito mais esclarecida, obrigada João!