Ainda vivo, pelo menos julgo-me respirar. Talvez respire. Espero a festa e os convidados. Não sei quando virão. Na verdade nunca se sabe se virão. Ainda vivo. Na verdade, vivo sempre. Quando penso na eternidade duvido da vida. Quando penso na vida tenho a certeza da eternidade. Não tenho certezas, é a minha certeza. Tenho a certeza da vida. Tenho a certeza da vida eterna. Quem me dera ter a certeza da memória eterna, que o meu nome se perpetuasse luminoso para todos e no futuro.
Na verdade, ainda vivo. E espero. Espero pelo baile e pelos convidados. Pelo menos, julgo-me respirar. Tenho a certeza da vida. A minha única certeza, a eternidade.
5 comentários:
Não tenho certezas, é a minha certeza.E não ´por respirares que vives.É por sentires...por teres coração, sentimentos... e sem julgares pensares sobre o que te rodeia.
Sim Vives e ainda bem!
"cultiva o inesperado"
mt boa esta rel texto/e a pintura da "mestre" paula rego
Gostei muito da relação texto/imagem...não percebo a vaidade (vanitas). Aqui será vaidade?
Vanitas é um género de obra, não significa vaidade propriamente. Significa mais posteridade, eternidade, além morte...
ok. Visto eu saber que há os diferentes sentidos quis saber qual o que se pretendia adequar ao contexto! Agora muito mais esclarecida, obrigada João!
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