O burburinho garante o segredo das palavras do teu afecto. Não digas mais alto não vão silenciar-se de súbito.
Nas minhas bodas só vou faltar eu... tal como no meu funeral. Tanto num como noutro, não faço lá falta, basta que lá esteja o meu corpo.
Agora que dizes o quanto me amas posso deixar de ouvir a música e levar-me pela toada das palavras. Já nada tem sentido, tudo é som. Ninguém se importa com o vinho entornado nem com a cabeça ébrica nem com a voz zombeteira nem com as orações. Nem importa o burburinho. Por mim fico-me com o amor dito pelos teus lábios, abafado pela pequena multidão sentada ao redor da comida e da mesa. Amas-me, é o que importa!
1 comentário:
mais um belo post :)
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