digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, dezembro 12, 2006

O banho das vestais

Espreito a casa das flores verdadeiras e vejo os poemas de seios e ventres. O perfume da pele é o feitiço que me prende as noites. Os banhos das vestais não são higiene, são êxtases complexos.
O meu gesto não conhece a luz, só a beleza a necessita. Vivo na obscuridade e desejo absolutamente o impossível. O harém é o paraíso vedado aos homens.
De mim partem beijos que nunca chegam e chegam beijos que nunca partem. A minha fantasia é de claro e escuro, uma revelação secreta, quase mística. Espreito a casa das flores verdadeiras. As noites de insónia visitam-me quando espreito.

5 comentários:

as velas ardem ate ao fim disse...

Fizeste me lembrar o filme que vi ontem..O Perfume.

Genial.

Bjinhos

João Barbosa disse...

andas muitos sugestionável...

Folha de alface disse...

temos voyer...

Anónimo disse...

Vou roubar a imagem...ai vou vou!!!

João Barbosa disse...

na boa! não fui eu quem a fez... ;)