digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Calafrios, bichinho-mau

Bichinho-mau, causas-me calafrios por te desnudares tão francamente. Tenho saudades dos serões vagos e dos luares.
Não recordo datas, não sei de números... deixo a cabala para quem ama coisas ou para quem não quer coisa nenhuma. Não sei do olhar nem da boca, nem quero saber se nos beijámos... lembro-me apenas. Foi numa noite vaga.
Uma vaga que sucedeu a outra que precedeu outras e antecedeu infinitas. Foi numa noite vaga. Não sei do olhar. Sei das palavras e dos corpos. Não sei se nos beijámos, mas fizemos amor.
Bichinho-mau, causas-me calafrios e saudades. Saboreio feliz a ausência e volto nostálgico ao escuro da praia onde fomos uma noite alguma coisa de definível. Causas-me calafrios.

1 comentário:

as velas ardem ate ao fim disse...

Recusemos a ideia do Pai Natal em que os desejos caem do Céu.

Ousemos acreditar no Pai Natal como ideia de esperança e confiança sem limites.

Feliz Natal