digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, outubro 03, 2006

O que gosto no meu amor

O que gosto no meu amor é ser tal como o idealizei: imperfeito.
O que gosto no meu amor é ser parecido comigo.
O que gosto no meu amor é não ser igual a mim.
Admiro-lhe a coragem e o desalento, torna-a forte e torna-me necessário.
Admiro-lhe o riso e a seriedade, e não vale a pena explicar a importância duma e doutra coisa.
Importa, sim, exclamar que amo o meu amor e que ele é tal e qual o idealizei: imperfeito. É assim que gosto e o quero!

4 comentários:

Folha de alface disse...

ena q hoje o menino tá inspirado! tanto texto, tão bom, tão gostosas palavras! quem ganha são os leitores!

Anónimo disse...

Agradecida pelas suas preciosidades partilhadas de hoje.
Um beijo

perdida em Faro disse...

Muito bem e muito obrigada pelos textos...que belos presentes para quem andava parada na página em "A Noite"...já há um tempo. E eu a tentar deixar a noite...
Imperfeições que quando amamos só servem para amar mais e que conforme vamos desamando só servem para irritar...quanto menor for a imperfeição mais irritante será aos nossos corações gastos de bater por AQUILO. Gostei muito da imagem, inteligente, como sempre.

Ana Fonseca disse...

Já pensei nisto várias vezes... Nessa estranha procura pela perfeição... Houve uns tempos que já foram que eu amei quem não chegeui a conhecer bem... Não lhe conheci os defeitos! E era isso que me entristecia!
Lindo, Lindo, Lindo! Adorei o texto, João!
Beijinhos grandes para ti!