
Passo horas em frente dos teus olhos e escuto-te, enquanto tragamos vinhos. Fazemos festas que ninguém mais sabe. Tu fumas cigarros e eu charutos e os fumos penduram-se nos óleos e nas paredes. As peredes vazias têm os meus tédios quando não estás.
As horas passam escorridas e suaves, entre beijos que não se dão. Vão garrafas. Há festas com amigos, alguns presentes e outros evocados. Os fantasmas estão sempre. Nunca vamos sozinhos para a cama.
2 comentários:
E há fantasmas que são maus e que não deixam os corações a bater descansados e só por si. Temos pena.
magnífico
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