Onde anda o Diabo? Na carne? É a tentação ou apenas tenta? Não acredito que seja uma mulher nem tampouco um homem e ainda menos um anjo caído, porque o conhecimento e o amor não se perdem.
Tenho-o em mim à solta em diabruras infantis e perdições ridículas. Corre atrás de quimeras e outros animais fantásticos, atira-lhes pedras e abraça as felicidades e sufoca-as. O meu Diabo estraga tudo onde põe as mãos e suja tudo por onde passa com os seus pés de cabra. Quando está feliz ou inquieto dá ao rabo como um canídeo, e usa a cauda como um chicote quando se zanga. O Diabo é um animal de estimação. Não acredito que exista e tenho-o dentro de mim. Nunca o vi sem ser em ilustrações.
É um sedutor, o Diabo, mas acaba sempre sozinho, juntado namoradas e casos inofensivos de seduções sem saída. É um cómico. É o riso solto, o Diabo. É um filho de Deus, que não sabe ou não quer acreditar que o é. É uma criança grande, esfomeada por diversão.
2 comentários:
É um ser insatisfeito. Profundamente insatisfeito...no fundo é o percusor de todos os ins que existem...menos da palavra solidão, que não tem in mas que foi ele que inventou quando se instala em nós e pede mais, pede tudo o que só queríamos dar a alguém que não o quer receber.
Enganei-me, não era para acabar ali...
Se ele é teu amigo, João Barbosa, que inveja, gostava de falar com ee e de perguntar-lhe tanta coisa.
Assim sendo e visto que é teu amigo...podes perguntar-lhe se ele tem consciência da maldade que encerra? Se ele é parvo (do latim pequeno)ou se se assume senhor consciente do que é capaz?
Sempre o vi como o único consciente da maldade. De orgulho e com cabeça erguida a praticá-la como só os humanos são capazes de o fazer...enfim. Manda-lhe cumprimentos.
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