Queria que todas as minhas noites fossem frias e pacatas para os ossos se sentirem. Há vezes em que o luar está ao alcance das mãos e a vida tropeça na escuridão onde não chega. Ou então queria que fossem tormentosas. Não sei bem o que queria, sei que alguma dor é precisa para haver noite e prazer.
Para mim chega a luz que me dá, e tanto se me dá que chova, porque o importante é a noite. Se houver um frio a estalar os ossos tenho uma vida mais forte, porque sei que ainda posso morrer ou partir-me.
O bruá das ondas, o troar dos trovões não me amedrontam mais do que o uivo ou um silvo. A noite é uma solidão companheira e um golpe de esvaziar a vida. Não me importo desde que a sinta e tenha alguma dor.
3 comentários:
Queria que, em todas as minhas noites, visse o luar, ouvisse as ondas como agora as oiço! agora vivo juntinho ao mar, é magnifico o som das marés vivas e em noites luminosas fica perfeito.
Gostei mt do texto e da foto ;)
Amo a noite e tenho pena que ela me canse tanto e me impeça assim de ser tão saudável...só quem vive à noite ou mais de noite sabe os prazeres e oos malefícios dessa deusa endiabrada...lá vou eu para mais uma e a lua que cresce e está ao alcance dos corações que querem amar de forma DESENFREADA.UFA! Vou mas de coração cheio e de olho preenchido...obrigada pelo bom texto e por uma imagem de uma noite assim iluminada..
Tão, mas tão, bonito... Este é daqueles que apetece ler todos os dias, João querido! Beijo teimoso para ti.
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