digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
sexta-feira, outubro 27, 2006
Luxúria
Ando febril contigo. Sonho-te acordado e a dormir, desde que te vi, embora nem te conheça. Embora não te conheça sei do teu corpo, vi-o muitas vezes, menos do que o desejei. És pecado e tenho o pecado todo. Não me importa se te gastas em noites e eu se vivo os dias, quero atirar-me para o teu fundo e ir contigo até onde fôr o fim. És vício e sem ti não passo, ainda que seja eu um desconhecido. Vi-te nua e nem espreitei. Estás nua quase sempre, e eu sempre sedento de te ver mais nua, como se fosse possível estar-se mais nua. Não te amo, mas quero-te. Preciso-te. Não vivo bem sem ti. Desgastas-me e gosto de me gastar em ti.
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5 comentários:
João, o alquimista das palavras!
é a loucura! está louco!
não está louco! tem bom gosto, eheheh.
mais uma voltinha, mais uma viagem, mais um texto inspirado :)
Sabes que é o tipo de escrita que gosto em ti...
dá-me vontades e apetites, gostei.Obrigada, tenho andado meio espantalho, agora sinto-me melhor.
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