digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, outubro 28, 2006

Cyborg

Acho que sou um cyborg!... Estou a ver fosquices! Devo ser um cyborg. Afinal existem e sou um deles. Desconheço as minhas vantagens, mas sei todas as desvantagens da espécie humana. Talvez seja essa a minha vantagem.
Se vejo fosquices é porque tenho uma visão digital encalacrada. Só um cyborg tem uma visão digital. Nunca desconfiei de mim. Não sei se me devo abater. Não sei se é possível abater-me. Não sei se me posso abater.
É estranho ver com quadradinhos à frente. Se não fôr um cybor devo ter ingerido veneno ou álcool ou é a mesma coisa ou gostava que fosse a mesma coisa. Porém, não bebi. Estas visões digital e afectada provam que existem e que existo, sendo eu um deles. Não sei, por isso, se sou mortal ou perecível. Vou-me quando me acabarem as baterias, sendo que, com elas, vão todas as minhas histórias de infância e canções de embalar.
Se eu fôr um cyborg tenho tudo a perder, menos a vida, é claro! Não sei bem se me importo, só não queria ter a distorção digital tenho agora. Nisto tudo, não sei onde pôr a memória nem o amor. Onde me posso arrumar?

4 comentários:

moonlover disse...

Sendo cyborg não tens males de amor e memória qb ;)

Folha de alface disse...

o r2 ou 3po? (star wars no seu melhor)

Folha de alface disse...

na, acho q tás mais p darth vader...

Anónimo disse...

Tu que negas o sentir
tu que não tens coração
tu que até te privas de ser totalmente real...
ficciona-te e assim podes sempre arrumar-te onde quiseres.
Beijos de quem também procura uma qualquer gaveta de arrumação...