digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, outubro 03, 2006

Gordosinho

Há pulgas sob o pelo felpudo que me esconde o frio e te engraça as brincadeiras. Saltico, que é como quem quer dizer, sinto saltar em mim... quase pulo, não de contentamento nem de susto, mas de incómodo comichoso das erupções epidérmicas.
Sou o boneco que fizeram divertido e reino no quarto da menina. Tenho vida e pulgas. Ela tem um gato e, certamente, foi o bichano quem mas passou. Não consigo coçar-me nem sei se posso ou devo passá-las a quem comigo brinca.
As pulgas tiram-me o sorriso que gosto de ter... mas ninguém repara. Nem mesmo elas nem o bichano. Saltico e não consigo coçar-me com as minhas mãos redondas e fofas... e se alguém tentar coçar-me só me fará cócegas...

2 comentários:

Folha de alface disse...

mhm...coceguitas? ;)

perdida em Faro disse...

Saltico é lindo!
Amei a palavra. Deixou-me assim: embasvilhada (embasbacada com maravilhada?)ou embasbavilhada?
Gostei.