digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Flutuações meditativas

Não há nada a fazer; tenho má índole! Hoje queria sangue e procurei por ele, por sangria e por sanguinário... não quis o óbvio terrorista e apelei à ironia: recorri à expressão «radical livre». Calhou-me esta imagem. É pirosa! Gosto! Tem o mesmo jeito e estética das imagens do Sagrado Coração de Jesus. Gosto! Através dela vai-se até Xangrilá ou até outro lado qualquer, viaja-se. Vai-se onde se quiser.
Procurava sangue e esta imagem dá-me ganas de destruição, porque é tremendamente bela e pirosa. É bela fora dos locais onde costuma estar. É horrenda onde fica para veneração. Nos altares e nichos inspira-me a intolerância e enraivece-me. Hoje queria sangue e, de alguma forma, encontrei-o. Não há nada a fazer; tenho má índole!