digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, julho 03, 2006

Um berlinde ou uma conta

Quando a Lua nasce é maior do que no seu poente. Ao subir no céu puxa as estrelas. Se um dia fôr até lá aceno-te.
Não sei se o Mar da Tranquilidade é salgado. Dizem-me que não tem água. Por mim, a Lua é um berlinde grande. A Lua serve para brincar! Por que outra razão giraria sempre em torno da Terra só mostrando uma face?
Nas noites quentes de Verão, a ouvir os grilos ou as cigarras (não sei se sei distinguir o cantar destes insectos) deito-me ou encosto-me a ver o céu, a contar as estrelas e com os dedos seguro na Lua. Um dia ofereço-ta em sinal de reconhecimento e admiração. Mas, primeiro, faço-lhe um furo para que a possas usar como a conta dum colar.

Nota: Este texto é dedicado a Calvin e seu blog.

6 comentários:

calvin disse...

Gracias!

Ana Fonseca disse...

Tão lindo! Mais uma vez me deixaste arrepiada!
E que colar lindo faria...!

João Barbosa disse...

:-)

Anónimo disse...

Sublime!

Anónimo disse...

Aiiii... :) só de pensar que alguém poderia querer oferecer-me a lua já me deixa feliz. Que sortuda, a proprietária da tua lua :)

perdida em Faro disse...

As luas que vemos refletidas são pontos de nós vistos cá de baixo. Adoro a lua e sou uma amante confessa da sua autoridade e proximidade com a deusa mãe. Amiga na adolescência, confissora, presença obrigatória em mim:adornos, sonhos, conversas, enfim, o que começou como uma referência na adolescência passou a ser um objecto de estudo e depois, depois é a lua!
Belo texto.