digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, julho 18, 2006

Insónia

Aperto a almofada pelo desejo por satisfazer. Suo toda a noite a relembrar o teu esmalte branco feliz e o esverdeado dos olhos, luzires da alma.
Amarroto os lençóis perguntando por ti, reviro-me no leito buscando-te e acho-te sorrindo sentada na mesma rua onde te conheci.
Se tivesse dormido desde o nosso encontro... Mas, desde essa noite que passo as horas em claro. Porém sonho. Sonho-te. Sonho-te sorrindo com esses brilhos orgânicos que são etéreos e vejo-te enfeitada com jasmins, rosas, violetas e flores pequeninas azuis que ninguém conhece o nome. Sonho-te envolta num perfume tão mágico quanto as noites do Verão e sonho-te princesa moura e encantada só para eu poder ser um corsário raptor e enamorado, incerto da sua sorte.
Amarroto os lençóis sonhando acordado ainda espantado com os brilhos do teu esmalte branco e da felicidade esverdeada do teu olhar... luzires da alma, centelhas orgânicas enfeitadas por flores de perfumes finos. Amarroto-me nos dias sonhando-te. Insónias ansiosas e felizes de desejo.

5 comentários:

Folha de alface disse...

q lindo :)

João Barbosa disse...

danke! :-)

Anónimo disse...

Ainda dizem que não há insónias felizes?

Eu* disse...

Que texto mais lin-do!!!!
parabens!

João Barbosa disse...

quem é a Gi e quem é a Gigi?