digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
sexta-feira, maio 19, 2006
Tempo de palavras
Não tenho tido tempo para escrever cartas a quem gosto. Se tivesse escrevia-te uma. Tenho tanto para te dizer. Quando não se sabe por onde começar, começa-se por um lado qualquer. É como um lago quase a transbordar. As palavras quando enchem acabam por brotar pelo lado mais raso e daí fluem como um rio e já não há como as parar. Quando há muito para dizer pode não dizer-se nada. Uma piscina molha tanto como um oceano. As frases guardam-se uma a uma, formam conversas para se terem e, às tantas, são serões em claro para contar as novidades e as antigas confidências que nunca o foram. Não tenho tido tempo para escrever cartas a quem gosto, mas quem sabe se um dia não transbordo de palavras e te escrevo uma?
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4 comentários:
tao lindo e com tanto para dizer :) beijo
Gosto muito da maneira como escreves as coisas que vives ou que sonhas... Tamném gosto de cartas e já não as escrevo a ninguém! Talvez eu seja ainda a única pessoa que receba as minhas próprias cartas! Mas guardo com carinho as cartas que já recebi! Há magia na espera pelo carteiro! Aproveito para agradecer os passeios pela minha praia... 1000 visitas hoje! Muitas tuas, acredito! Obrigada!
Curiosamente tinha acabado de escrever sobre a magia que é lamber um selo para enviar uma carta a alguém quando deparei com o teu texto. A magia que é o acto de "selar" uma carta ultrapassa o mau sabor que o selo traz consigo.
Obrigada pelos textos e pelo bom gosto na escolha das imagens. Sem dúvida (sem colocar pontos de vista em relação ao conteúdo dos textos), dos melhores blogues e de eleição.
Gosto de te ver aqui nos coments do Infotocopiável, Tânia!
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