digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, maio 09, 2006

O que não entendo

Há coisas que não percebo. E o que não entendo consegue deixar-me um nadinha irritado. Confesso. Confesso que me irrito um pouquinho. Mas o que hei-de fazer? Complica-me cá dentro.
Leio por aqui umas coisas sobre as minhas palavrinhas e não percebo. Não sei se não me compreendem ou se não sei ler o que me querem dizer. As minhas palavras vêm desvendadas e as outras estão tantas vezes com véus anónimos ou tapadas com pseudónimos, desconhecidos e conhecidos. O que mais me intriga são as palavras que deixam e não entendo. Nunca fui grande coisa com charadas e dou comigo a matutar na batida das letras, no ritmo das frases e nos conselhos deixados. Há enigmas por desvendar e muitos rostos tapados por véus. Não desgosto de ninguém, nem me parece mal o que me dizem, apenas há coisas que não entendo.
Com as minhas palavras dispo-me como quero. Nas palavras dos outros sou um boneco e podem despojar-me de tudo como entenderem. Não sei das palavras dos outros. Nelas até me podem pôr outro corpo e nova nudez, mantendo apenas o meu rosto. Talvez não por mal, supondo até que me despem apenas por num relance me terem visto nu. Não faz mal. Gosto que me comentem e agradeço, mesmo que não entenda tudo o que sobre mim escrevem. Por favor continuem a comentar e muito, é só um desabafo!

8 comentários:

Anónimo disse...

Tens razão, ser anónimo ou nomear-se uma coisa qualquer, quando tu abres tanto o teu coração (sendo ficção ou não) é injusto! Mas pior, muito pior é o blog do teu amigo Turco, onde há um tal watergate que só diz disparates. Ora vai ver!

João Barbosa disse...

eu sei. o pobre é uma vítima de delito de opinião... e que opiniões tem o turco!... eheheheh

Anónimo disse...

:)

beijo!
até amanhã!

Anónimo disse...

Concordo com a Gi. Há, sem dúvida, anónimos que, pela solidariedade ou carinho que demonstram, merecem todo o nosso respeito. O anonimato é opção que lhes convém mas não usam isso como capa para agredir ninguém. Outros usam nomes de guerra, subterfúgios e máscaras para dizer de sua justiça. Acertam pouco e ao lado. Acham-se os maiores e os mais inteligentes. Só falta assinarem com qualquer coisa do tipo: "alguém que lhe quer bem" com letras tesouradas de tabloides de ocasião. Em suma: são anónimos que não merecem respeito. Abaixo os Watergates e os Gargantas Fundas deste mundo!

Anónimo disse...

Acompanho o seu blog faz tempo.Sou um visitante assiduo e pela 1ª vez
ouso comentar.
Apresento desculpas por isso.
Revejo-me um pouco naquilo que escreve e por isso compreendo a sua irritação.
Esperava talvez por outro feedback,mas com um blog tão intimista,creio que merece outra plateia.
Não quero nem me assiste o direito
de rotular os seus comentadores,mas é perfeitamente visivel o desencontro entre o que está postado e o que se comenta.
No entanto e a título de consolo(se me permite)por aquilo que vou observando,o INFOTOCOPIAVEL apesar de tudo é um blog sortudo.
Pela inutilidade de escrever o meu nome completo,ficam as iniciais.
Sinceras desculpas.
fmcm.

Anónimo disse...

Concordo com o FMCM, por vezes um comentário inapropriado, mal escrito ou sem sentido, estraga de forma brutal um bom texto.Peço desculpa por algum mau comentário da minha parte (gi). Bjs ;)

João Barbosa disse...

não tragam desculpas, foi só um desbafo sem importância. são todos benvindos

Anónimo disse...

Pois então, que seja bem vindo quem vier por bem. Já li, noutros blogs, coisas muito feias e muito bem escritas e outras, de pena menos fluida, mas cheias de carinho e ternura.
O João escreve muito bem e sabe disso. Mas um blog não é um livro sujeito a pareceres editoriais comercialistas. E ainda bem que não é. Um blog é uma espécie de ser vivo, que respira para viver. Às vezes o ar não é assim tão bom, mas não deixa de ser ar. Outras vezes cheira lindamente, mas está saturado. Por isso vou-me repetir: seja bem vindo quem vier por bem.