digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, maio 22, 2006

Depressa

Gosto de andar depressa. Não consigo estar quieto nem empastar os passos. Gosto de ir contra o vento, de correr ou de andar até que me doam os músculos. Não consigo estar parado. O tempo morre na quietude. A juventude é eterna no movimento. Quero ser sempre jovem e não me importa o que me possa acontecer na velocidade. Gosto de ir depressa e não percebo como se possa ir doutra forma. Saiam da frente, arredem, deixem-me passar, quero ir à velocidade do relâmpago ou pelo menos tentar. Não quero saltar nem pular nem exultar, quero ir com o vento pela frente ou correr com ele por trás, ultrapassa-lo, vencê-lo. Não se pode estar parado. Quero e vou depressa. Não me importa o perigo. Não percebo como se pode ir doutra forma sem ser depressa.

2 comentários:

Anónimo disse...

e eu que gosto tanto do sossego!

Anónimo disse...

mais do que gostar. precisar desesperadamente de.