digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
sábado, maio 06, 2006
A cidade da janela
Gostava de abrir uma janela para onde não houvesse buzinas e tudo à frente fossem searas até ao mar. Para as traseiras não sei o que lá poria. Perto teria de haver cidade e vinhas. A cidade seria grande e com espaço para a urbanidade, sem atropelos, com avenidas largas e carros-electricos. Da janela veria navios e na seara passariam alfaias. As vinhas dariam bom vinho e haveria adegas célebres de portas abertas. Haveria antigo e moderno lado a lado sem escândalos e sem espaço para a construtores sem arte. Haveria na modulação da cidade a beleza e a agilidade da ginástica e da funcionalidade. Os meus amigos passeariam nas ruas e a arte estaria constante, até nos museus e galerias. As ruas teriam grafitis e não rabiscos e só onde são precisos. Será que a minha cidade existe?
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