digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, maio 11, 2006

Antes um trovador

Todas as cortes tinham um bobo. E o bobo podia dizer tudo ao Rei. Aqui não há Rei e não sei se a Rainha não o é só no xadrez ou se o é além do tabuleiro. Há uma dama que quer ser cantada e mais vale um trovador do que um bobo. Que canções saberei cantar-lhe? Que músicas quererá ouvir? Ainda desconfiando de quem está atrás da máscara não sei se prefere toadas para bailar ou de embalar. Não sei há quando tempo estamos na corte ou se alguma vez houve corte. Não sei se sou trovador ou bobo. Sei duma dama de copas, ela sabe quem sou, eu não sei quem ela é. Mas desconfio.

1 comentário:

Anónimo disse...

Isto é que vai aqui uma bela corte, com Reis, rainhas, bobos e trovadores, a plebe somos nós...os seguidores diários.
Prefiro que sejas trovador a bobo!