digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, abril 03, 2006

A árvore do azar

Haverá uma árvore do azar? Adão e Eva foram expulsos do Paraíso. Tiveram azar? A vida deveria ser uma seca sem andar por aí a trincar maçãs verdes. Nos quadros, as maçãs que Adão trinca são sempre vermelhas, mas se eu fosse tentado a trincar a pomódea teria de ser verde.
O azar é um mal e o mal dá sempre fruto... e muito. Espalha-se célere. A árvore do azar teria de ser frondosa e produtiva. Por que quando o ano é mau se diz que se teve azar?
Não acredito no azar! Não acredito no destino! Acredito no meu destino, naquele que faço e escolho. Acredito no que fazes e escolhes. Não tens azar, escolheste mal.
A árvore do azar dá uma sombra larga e frutos doces. Tão doces como os de qualquer outra árvore. A sombra é tão fresca quanto a de outra qualquer. Se te cair um fruto e te doer, a culpa não é da árvore, tu é que escolheste mal o sítio.

Sem comentários: