digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, abril 03, 2006

Os olhos da Luzia

Os olhos da Luzia são castanhos. São vivos e vêem coisas que as outras pessoas não vêem. Cada vez que ela pisca os olhos está a tirar uma fotografia. Quase toda a cabeça dela está cheia de fotografias. Nela cabem ainda chás, gatos, arquitecturas, comidas, amigos e coisas de menina.
A Luzia tem luz no nome e só podia escrever com luz. A Santa Luzia tem os olhos num pratinho. A Ana Luzia gosta de arquitectura e faz esculturas com a luz.
Hoje não resisti e roubei-lhe uma fotografia. Acho que me perdoa, porque gosto muito dela. Não me lembro se foi ela quem me ensinou a gostar de fotografias ou se fui eu quem lhe meteu o vício. Se calhar nem uma nem outra coisa. O que importa é que ela escreve com luz e delicio-me a ver pelos olhos dela.
Espreitem o seu mundo... http://www.pbase.com/m_architecture

1 comentário:

Anónimo disse...

Rouba as que quiseres, que vão muito bem com os teus textos. Eu não sei escrever assim...