Vou desenhar o mundo a traço largo, porque não o sei fazer com linhas finas. Agarrei na caneta e fiz uma bola que parecia um queijo mal enformado. Riquei-a. Mudei de caneta. Mudei de lápis. Mudei de atitude. Roubei um desenho. Risquei-o também.
Vou desenhar o mundo com o meu traço, mesmo que a Europa não se pareça com ela, que a África fique menos tórrida e a Ásia menos alta. Vou desenhar o mundo com um lápis qualquer. Para ninguém ver, vou desenhar o mundo no chão com um pauzinho, depois apago-o e digo que ficou perfeito. Se ninguém vir talvez não chegue a ser uma mentira.
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