digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, abril 02, 2006

É oficial!

Já passa da meia-noite. Passou-se o dia 1. Não disse nenhuma mentira. Vou continuar assim. Não me lembro de ter mentido em Março. Mas já menti. A quem? A toda a gente.
Na verdade passei a vida a mentir a mim mesmo. Sou a maior vítima quando minto. Passou-se o dia 1 sem mentir... e até talvez o mês de Março. Não costumo mentir. Talvez nem saiba mentir. Mas já menti. A quem? A toda a gente.
Estou atrasado... não estou, estou-me é nas tintas. Não posso... não quero. Se calhar não dá... não vou. Amo-te... quero-te apenas. A verdade é tão dolorosamente crua. Por isso sujamo-la, para que fique ao nosso nível.
Não contente, a espécie humana chama piedosa à mentira que oculta a sua cobardia. Já passa da meia-noite e não disse nenhuma mentira. A quem menti? A toda a gente.

3 comentários:

Anónimo disse...

se calhar não li em lado algum,talvêz seja eu a ser um pouco mentiroso,mas de uma maneira ou outra, a mentira é a 48ª arte.
por isso...em frente.

João Barbosa disse...

a 48ª arte é um conceito curioso! Muito curioso!

Anónimo disse...

'Por isso sujamo-la, para que fique ao nosso nível' ... Sinto-me suja muitas vezes. Mas o engano é todo meu, não o dou a ninguém. Por isso é que há um só espelho cá em casa. Beijo grande.