digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, abril 04, 2006

O banquete

O lume está alto com chamas bem vivas. A pele queima-se, a gordura escorre. Um cheiro doce invade os narizes. Não sei se abre o apetite ou convida ao vómito. Carne humana. Carne humana. Carne humana.
A carne humana é apenas carne. Que se pode dizer se a fome manda mais do que a moral? A condenação da sobrevivência. O lume alto. Perversão. Cheiro doce. Carne humana.
Este é o meu corpo e de pouco me serve se eu não estiver lá dentro.

1 comentário:

Anónimo disse...

Iac!!!!vai apanhar sol, olha para as flores e ouve os risos! foge depressa desse sítio lúgrube e insano....!