
O amor da minha vida é uma mimosa e eu tenho umas mãos muito grandes. Mesmo quando quero afagar, desajeito o amor da minha vida. Caem sempre pétalas quando lhe toco. Por isso tenho medo só de a olhar.
O amor da vida é aquele maior que se tem, mesmo depois da despedida. O amor da minha vida já aqui esteve e já se foi. Para sempre.
O amor da minha vida tem medo que eu o olhe, porque está em carne viva. E eu que quero ser só seu amigo e apenas um amigo... Ai que mal fiz eu ao amor da minha vida para ele ter medo de um amigo? Diz-me a consciência baixinho coisas que aqui não conto, mas que sei. Como o amor da minha vida sabe que está nu em carne viva a escrever versos para a rua, a dá-los a beber a quem tem sede de afago... é assim o amor da minha vida: generoso.
É por todas as suas virtudes que é o amor da minha vida... É pelos segredos da minha consciência que não posso ser só amigo, um simples amigo, do amor de minha vida.
1 comentário:
Das coisas que mais me tocaram nos últimos tempos... Tu cantas com as mãos, João querido. Um beijo enorme.
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