O primo basílico está sempre lá em casa. Há quem o coma em salada, mas prefiro-o a temperar carninhas e delicadezas vegetais.
Sussurrou-me uma amiga que se sentou a sentir o instinto do manjericão. Sentou-se a comer e pagou à hora. Alugou a mesa em vez de comprar a comida. Conceito estranho. Será que se pode pedir para embrulhar e levar na mão?
O primo basílico está sempre lá em casa pendurado ao pé de outros cheiros. Arruma-se ao pé da carqueja, do alecrim, da manjerona e dos oregãos. Fica bem junto da hortelã, da salsa e dos coentros.
Sussurou-me a amiga que se sentara a sentir o instinto que alugara numa mesa. Não me falou da comida, só me falou do conceito. Não deve valer a pena sentar para comer num sítio sem estórias de comida para contar. Ponham relógios de ponto ao pé dos pratos e dos talheres e nomes em inglês que para mim dá igual: só por distracção lá irei.
O lugar manjericão é ao pé dos cheiros e não junto dos solicitadores e dos leiloreiros. O instinto da erva é mais parecido com o dum perdigueiro do que é semelhante ao dum manga-de-alpaca. Por mim tem o carimbo «não ir». Por mim não vou ao «Basilic Instinct». Já desabafei.
3 comentários:
Que mauzinho dizer mal, sem experimentar! O conceito é "diferente", podemos dizer que não é dos melhores para quem gosta de repastos demorados, mas a comida é de boa qualidade e bem apresentada, a decoração é gira, tem bom ambiente e empregados simpaticos.Além disso, este conceito é dirigido a um "target" de gente apressada à hora do almoço! Exprimenta...
odeio quando em vez de clientes os tasqueiros têm targets... os alvos são para serem alvejados com setas!...
o basílico tem várias aplicações óptimas na comida do dia-a-dia. Para quemsente a pressão do "inovar", claro está!
No entanto quando nos pomos a inventar que somos grandes chefs de cozinha italiana, devo confessar que basílico fresco por cima da massa é algo de estrondoso. Experimente!
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