
Tivesse eu coragem agarrava no telefone e perguntava-te se querias ir jantar hoje mais o teu mano? Só nós três e a nossa amizade. Em nome de nós três e sem fantasmas, nem dores, nem medos. Tivesse eu coragem!... Mas sou mortal! Tenho alguma falta de vergonha e escrevo gritinhos desabafados na esperança que os leias e me telefones... à espera que tenhas tu coragem de dizer: Vou... Vou eu e mais o meu mano... Vou só eu... Só não vou, porque não posso!
A amizade é bonita e a nossa tem espessura e densidade, mas vive apavorada dos dois lados. Parece pequenina quando se olha de tão acanhada e escondida. É tão grande e foi tão mordida! Talvez seja melhor deixá-la estar a repousar... talvez seja melhor esquecer as dores... talvez seja melhor partir do zero e recomeçar amigos, porque a amizade é linda!...
Tivesse eu coragem era o amigo que quero ser e não o amigo que digo ser, mas que nunca sai da toca e está sempre escondido com receio do seu passado. Tivesse eu coragem agarrava no telefone. Não a tenho e assim fico à espera que agarres tu no telefone e ligues ou que me ignores... limito-me a escrever gritinhos desabafados e a proclamar-me amigo corajoso sem medo do passado...
2 comentários:
Ès suficientemente corajoso, para escreveres o que sentes, e não escreves na areia da praia...por isso, Pega no telefone e liga-lhe...vá lá! Fala-lhe de Amizade, fala-lhe de Amor, mas liga-lhe por favor!
'A amizade é bonita e a nossa tem espessura e densidade, mas vive apavorada dos dois lados. Parece pequenina quando se olha de tão acanhada e escondida. É tão grande e foi tão mordida! ' - Estas palavras, João querido, encheram-me a alma. É exactamente isto que sinto em relação a alguém, mas nunca teria sabido descrevê-lo da forma que tu o fizeste. Um beijo enorme.
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