digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, abril 21, 2006

Em reparação

Hoje preciso de manutenção. Os meus pensamentos estão baralhados. Devo esclarecer que penso por cores e ontem e anteontem e no dia precedente e nos dias que os antecederam andei muito agitado e as tintas misturaram-se todas. Hoje preciso de abrir a cabeça e separar as cores todas, com muita paciência e vontade. Tenho de falar com elas e convence-las a voltarem a ser vermelho, azul, amarelo, verde, roxo, laranja, preto, branco, castanho, cinzento e seus diversos tons. Hoje está tudo mesclado numa cor imprecisa que chocalha cá dentro e emporcalha os dizeres, fazeres e escreveres. Vou desaparafusar-me e conversar-me: blá, blá, blá e blá comigo. Depois durmo para deixar as tintas serem cores puras e eu poder ser um pintor de ideias. Vou tirar o primeiro parafuso e fazer umas loucuras.

3 comentários:

Anónimo disse...

porque hoje é 6ª feira devemos ser temperamentais. porque hoje é 6ª feiradevemos fazer o que nos dá na real gana. no entanto se fossem só as cores que estão baralhadas... o mundo vivia bem com isso.
Não se pode ser perfeito. Mas há luz ao fundo do túnel.

Anónimo disse...

Já que tens as cores baralhadas, aproveita e pinta um quadro. Já és um pintor de ideias e palavras ;)

João Barbosa disse...

quem serás tu, Esperança?