digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, abril 04, 2006

Doce

- És tão doce com teu sorriso de marmelada.
- E tu tão homem, com teu peito de rocha.
- Tens o encanto dos prados e o corropio da Primavera. Pudesse eu e coreria por ti adiante para me perder...
- Ai!...
- Juro! Que o fogo do Inferno me devore se não é verdadeiro o que digo! Pois é mais quente o que tenho cá dentro do que as labaredas que tem Belzebu para me tocar. E não há amor mais verdadeiro do que este que sinto por ti, nem desejo maior do que o meu...
- Ai!...
- Não estivesse eu vestido de forma tão patética e haveríeis de ver de que coisas seria capaz!
- Ai!...
- Não digas nada, que sei que escondes bosques frondosos com flores encantadas e cheiros bravios... são chamamentos enamorados que me fazem cair por terra por vós e me douram o discurso e amaciam a voz.
- Ai!...
- Queres ir comigo para o quarto?
- Ai!...
- Ai se eu não fosse de plástico e tu outra boneca... seriamos Romeu e Julieta e seria para toda a vida...
- Ou até amanhã de manhã.
- Ai!...

1 comentário:

Anónimo disse...

"Ai!... Ai!...Ui!...Ui!..." Diz a Julieta eternamente apaixonada!