
Foi naquele dia de madrugada
couve uma tempestade seca com raios e trovões. Nesse dia, pela manhã, um ministro molhou os pés ao sair do carro no Terreiro do Paço e foi demitido por ser incoveniente e incompetente. Os livros de história passaram a referir-se como um ministro
couve durante algum tempo em funções. Nessa tarde um funcionário público largou os carimbos e os requerimentos e começou a declamar versinhos em rima simples e métrica complicada, antes de começar a gritar frases sem sentido com as mãos agarradas às orelhas ou a puxar os cabelos. Os colegas dizem ainda hoje que é um colega
couve coisas dentro da cabeça e desesperado não sabe o que fazer e começa a deitá-las todas cá para fora. Nessa noite uma mãe cortou os pulsos cansada do alcoolismo do marido e das suas tareias. Primeiro fez uma sopa, deitou os filhos, contou-lhes uma história e beijou-os suave e profundamente nos rostos. Deixou o marido embebedar-se e sair para se ensopar na bebida antes de se esvair em sangue. Os polícias disseram
couve um crime, as pessoas sensíveis perceberam
couve uma mãe desesperada e os jornais sensasionalistas relataram que a sopa que dera aos filhos era de
couve.
1 comentário:
Espectaculo ;)
Enviar um comentário