digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
quinta-feira, abril 20, 2006
Argola celeste
Devia haver um astro celeste em forma de argola por dentro do qual outros passassem. Seria brilhante, com luz própria, como uma estrela para ser visto de longe, de muitos anos-luz de distância. Nítido, muito nítido, para quando se juntassem a várias nunca se tornasse numa nebulosa de argolas. Haveria de surgir e desaparecer como os cometas e ter planetas a rodar à volta do seu corpo lombrigado. Sempre que um asteróide ou outro astro passasse pelo seu interior haveria uma grande tensão pelo receio de tangentes e secantes das trajectórias face ao seu corpo argolar e dos que em seu torno gravitariam. Seria engraçado ver um buraco negro a querer engolir uma argola e assistir ao pequeno ser deixar-se fintar por dentro do espaço de matéria vazia sem a conseguir absorver. Talvez levasse os planetas da órbita e roubasse alguma luz, mas não engoliria a argola celeste. Haveria de ser engraçado um astro celeste em forma de argola. Talvez haja e não se tenha ainda sido descoberto. Talvez Deus se esteja a guardar... ou talvez se tenha esquecido.
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