digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, março 25, 2006

Luz


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A Víndima de 7 de Outubro (2003) não me sai da memória, está proibida de sair. Fizeram-se 3000 garrafas e 2 vieram para minha casa... foi o vinho mais caro que comprei até hoje e só me arrependo quando penso que há gente a passar fome. Depois há o livro, que foi escrito para aqueles que não privilegiados que não provaram o dito vinho e para os habilidosos dos tachos e caçarolas. O que importa que um terço dos ingredientes seja desconhecido? O que importa que outro terço não se encontre facilmente à venda? O que importa que sejam necessários três licenciaturas, dois mestrados e cinco pós-graduações em cozinha, copa e kitchenette para se concretizarem as receitas? As respostas são sempre a mesma: nada! Porque afinal o que importa é o vinho que lhe serviu de inspiração e de mote, o tal que se chama «Vindima de 7 de Outubro»... E para a consciência não me pesar cito Mário de Cesariny: «Afinal o que importa não é haver gente com fome, porque, asim como assim, ainda há muita gente que come»... desculpem também o cinismo... Hoje vai marchar a segunda garrafa!

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