digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, março 30, 2006

Justiça

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Preciso de ser justo e verdadeiro. O amarelo faz falta e até gosto. Limão, girassol, Sol, eléctrico, chá, malmequer, papéis velhos, reflexos de luz ao entardecer... a luz de Lisboa ao entardecer. Aquele prédio, naquele pequeno largo de Alfama com a gorda à janela a gritar pelos filhos, é amarelo! O vestido que cai melhor à minha vizinha especial cá do bairro é amarelo. O que seria do verde sem o amarelo? De que diríamos mal, se não fosse o amarelo? As louras têm o cabelo amarelo! Afinal gosto! Gosto, gosto muito, gosto tanto. Não tanto como do azul... ou do escarlate... ou do negro... ou do roxo... ou... mas gosto, gosto!

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