digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, março 24, 2006

Chão de calhaus



Se o meu amigo Manuel passasse um rolo das estradas pela quinta, depois regasse bem e envernizasse aquela quinta ficava um primor... aquele chão de xisto é digno de um palácio... e com aquelas árvores todas... ou seria um fantástico e exuberante jardim dum sultão ou um excêntrico salão a céu aberto. O melhor de tudo é que a quinta da vinho e o coisito é complexo, tanto o tinto como o deslavado. Se eu sou mais tinteiro e ainda tenho o sabor do rubro aqui às voltas no palato mental a remoer-me com enigmas, o branco é dum encanto capaz de fazer um anão querer atravessar os Himalaias. Vá lá, tudo a ir às garrafeiras gastar guito e dar de beber ao prazer.

Sem comentários: