digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, setembro 25, 2025

Dicionário: Oficina

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Luz ínfima, como se a melancolia do Inverno obrigue os dias a serem indiferentes, por uma claraboia inexistente e tempo anacrónico. Uma sala de máquinas-de-magia odorada por metal. Ágora ínfima e quase vazia, onde conversas sem fim acontecem. Espaço possivelmente habitado por uma telefonia.

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Nota: homenagem a Alfredo Sousa, operário serralheiro por contra própria e comunista por todo o mundo. Nunca mais me esqueço do seu espanto mudo quando lhe disse que votaria no CDS. Hoje sinto-me triste por o ter dito. Espero que, pela sua amizade, me perdoe.

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