digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, junho 19, 2020

Janela


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Afinal há esperança, do Sol à sombra, às vezes suas mães e outras irmãs e várias vezes sem sentido.
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Se digo sem sentido é por não perceber o pensamento, é turbilhão enrolando-se como as ondas do Meco.
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Percebendo-as, palavra a palavra, vão-se no voo da mosca que não passou.
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Talvez note a janela da paisagem nova ali sempre estada.
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Sento-me na cama ou caio de borco na cama. Tal tão perto do álcool que vence.
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Lembrei-me do telefone, onde se fixa, na secretária lembrada de mim.
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Olhando o telefone, uma possibilidade ou demora ao poder no apetecer e claramente o esquecimento.
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O objecto e a lista telefónica cheia.
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Pousos de horas para dias.
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Passou a mosca levando-me.

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