digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, junho 04, 2019

Como também se faz o negro


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Se não sabe o escuro não compreende a cor. O negro se faz pelo vermelho e demora a explicar as outras quase quanto a vida e o seu sentido.
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Demorado de contar resume-se a deixa lá, um dia conto.
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Se incompreende, talvez um dia conte.
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Como o espanto do assalto pela bolsa ou a vida, talvez um dia.
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Possa o cego ver e o tolo compreender.
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Que o escarlate furtivo do fazer vida é negro.
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A luz-negra dá à luz a inclaridade e a sombra da sombra.
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Não há verdade que a luz não revele até essa.

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