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Há uma lua de sábado. Estive a pensar.
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A índole não se apazigua no quatro mágico. Há outro quarto,
invisível e sentível.
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O sábado é naturalmente ungido.
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O sábado é naturalmente perverso.
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O outro quarto, sem nitidez – nem permissão – a quem não se
deixa acreditar.
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Quase terra, para quem se tolera – o labirinto prolífico das
palavras na cabeça.
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Nem lua nova nem lua cheia. É outra lua, aquela do avoar das
bruxas e do entusiasmo dos bichos recusados.
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Lua sem papel.
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A lua sentível ao pagão e ao sacerdote.
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A lua da extravagância dos gatos.
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A lua de quem baptiza de lua o gato.
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